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Os novos arranjos familiares: Casais DINC

Um dos principais diferenciais da minha consultoria está na experiência como pesquisadora. São mais de 10 anos atuando com pesquisas de marketing aplicadas ao âmbito acadêmico.

Desde 2009 me dedico a estudar assuntos relacionados ao consumo, em especial em como as novas estruturas familiares podem impactar mercados e gerar oportunidades de negócios. Dentro deste contexto um dos meus temas de estudo são os novos arranjos familiares.

Os novos arranjos familiares são as famílias reconstituídas (casal e filhos de uniões anteriores), monoparentais (mulheres ou homens que assumem a criação dos filhos sozinhos), uniões consensuais (união estável), unipessoais (single), e os DINC (dupla renda, nenhuma criança heterossexual e homossexual).

Estas novas configurações são atribuídas em função do processo de urbanização, a escolarização, inserção da mulher no mercado de trabalho, a dissociação entre sexualidade e procriação (contraceptivos); a ruptura do mito do amor materno e ao fim da supremacia do pai e do marido.

A seguir compartilho algumas reflexões sobre os Casais DINC – dupla renda e sem filhos por opção, pesquisa realizada nas cidades de Porto Alegre e São Paulo 

Os DINC’s são um novo arranjo familiar, fruto dos valores da sociedade contemporânea, onde prevalece o individualismo e a busca pelo prazer. Eles têm elevado poder aquisitivo, concentram-se nas regiões sul e sudeste do Brasil; a maioria tem curso superior ou pós-graduação.

Diferentemente do que pensamos, embora optem por não ter filhos, os casais DINC gostam de crianças, convivem com sobrinhos e afilhados. As mulheres sentem-se confortáveis com esta decisão – para elas a maternidade é uma escolha e não um destino.

Os casais DINC gaúchos,  têm casa própria, dão importância às carreiras, mas não são workaholics, trabalham em média 6 horas por dia. São professores, profissionais liberais e empreendedores. Para eles DINC é sinônimo de liberdade de escolha e de fazer o que desejam. Consomem cinema, teatro, galerias de arte, leem em média 8 livros por mês.

Os DINC paulistas não dão importância a casa própria, alguns moram em hotel ou flats. Priorizam as carreiras, são workholics, consomem marcas de luxo – roupas, joias, perfumes e carros. Esses dados nos fazem lembrar um pressuposto da gestão de marketing e do sucesso nos negócios – conhecer o consumidor. Não pensar porque são DINC’s, gostam ou consomem as mesmas coisas; por que há diferenças, frutos da cultura do lugar onde vivem esses sujeitos. Afinal, somos produtos e produtores da cultura em que vivemos.

Quando se comparam os casais DINC gaúchos e paulistas nota-se que:

Em ambos os casos reforça-se que esse grupo prefere carreiras em que prevaleça a liberdade e a criatividade: empreendedores, professores universitários e profissionais liberais.

 


 

Quais são as implicações dessas pesquisas para a gestão de marketing empresas?  

– Indústria da Construção Civil: como conceber imóveis adequados a esse perfil?

– Bens de Consumo: processo de compra, ambiente de loja, a publicidade – desenvolvimento de apelos diferenciados aos casais sem filhos.  Ominichannel pode ser um caminho?

– Moda: oferta de modelos adequados às mulheres “reais”.

– Turismo/viagens: oferta de pacotes/produtos voltados aos casais sem filhos.

– Espaços voltados à cultura: livrarias, cafés, musica e galerias de arte.

 

Entender o consumidor é essencial para direcionar as tomadas de decisões. Desta forma a pesquisa insere-se como elemento fundamental para empresas de todos os portes e segmentos.

Atenciosamente,


 

a

Dra. Iara Silva da Silva

Doutora em Comunicação e mestre em Administração de Negócios, é professora na ESPM/Sul e atua como pesquisadora e consultora nos campos do Marketing e da Comunicação.

 

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